quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Meia-idade pode chegar cinco anos antes


Celebrar o 40º aniversário sempre foi uma experiência temida, para homens e mulheres, pela chegada da meia-idade. No entanto, uma recente pesquisa norte-americana avisa a antecipação desta linha de cruzada em cinco anos: agora, chegar aos 35 anos já é o começo da meia-idade, e você começa a sentir o peso do envelhecimento.Segundo o estudo, realizado pelo Centro de Saúde e Bem-Estar Philips, nos Estados Unidos, aproximadamente 80% de 1.503 americanos de 35 anos afirmaram que estavam com preocupações econômicas, enquanto ¾ do mesmo número também asseguraram grandes preocupações com a saúde. Estes fatores acabaram contribuindo para o início precoce da meia-idade, segundo os exames realizados. Afinal, a qualidade de vida se tornou, ao longo dos anos, associada à economia e suas consequências. “Sentir que há a possibilidade de perder o emprego e não poder pagar a escola do filho, ou ter que cancelar aquela viagem planejada por tanto tempo, com certeza causa preocupação e angústia”, afirma a terapeuta comportamental e autora do livro “Qualidade de Vida” (Editora Manole), Denise Pará Diniz. “E é claro que isso começa a atingir outras áreas da qualidade de vida, causando insônia, ansiedade e até depressão”, completa. Ou seja, o corpo fica sobrecarregado e o peso da idade chega mais cedo. A especialista ainda ressalta que, recentemente nos Estados Unidos, as pessoas foram intensamente afetadas pela crise econômica mundial, e isso pode ter contribuído para os resultados da pesquisa. “Por meio de um olhar clínico, vejo as pessoas desta faixa etária, a dos 30 e poucos anos, mais preocupadas do que há alguns anos”, explica.Por outro lado, embora os norte-americanos tenham mostrado preocupações em relação à saúde, foi constatado que eles não são muito realistas. Apenas 39% dos entrevistados se considera acima do peso, mas um estudo realizado pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos Estados Unidos mostra que 67% dos cidadãos do país estão obesos ou com vários quilos a mais. No Brasil, Denise acredita que, se uma pesquisa como esta fosse realizada, haveria um resultado muito semelhante. “É nesta faixa de idade que as pessoas estão em período de transição, então, as preocupações aumentam. Elas já possuem uma vida produtiva e um respaldo financeiro, mas não um suporte que dê base para o resto da vida”.

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